01-Machado de Guerra
02-Guerra Do Pó
03-Jogo Sujo
04-Força Motriz
05-Trilha Do Metal
06-Viva Por Você
07-Hey Amigo
08-Meia Noite
09-Não Há Lugar
10-Não Volta Não
11-Blues e Dor
12-Roleta Russa
13-Nunca Se Viu
14-Blues De Ninguém
15-Agora É Com Você
16-A Madrugada Só Mentiu
17-You Can Blow It With Your Fingers
18-Proxenetas
Guilherme Bizzoto (voz)
Reginaldo Silva (guitarra)
Gustavo Duarte (baixo)
João Guimarães (bateria)
Em 1986 a cena roqueira de Belo Horizonte fervia. Na área de Metal, havia sido lançado o split-album Sepultura/Overdose pelo selo Cogumelo Records. A cidade se agitava em grande festivais de rádios e era fundado o primeiro estúdio verdadeiramente de rock de BH: o JG Estúdio.
Oriundo do projeto Tribo de Solos, o estúdio começou suas atividades com o Sepultura (os dois primeiros LP's foram gravados lá), mas já lançava de forma independente o primeiro EP do grupo Kamikaze, que estourou nas rádios com “Machado de Guerra” e se tornou o hino de toda uma geração de roqueiros do Brasil.
O EP continha outros petardos como “Trilha do Metal”, “Força Motriz”e “Agora é com você”. Após participar de uma coletânea da BMG “Rock Forte”, o Kamikaze gravou seu primeiro álbum intitulado “Kamikaze II”, em 1990 pela Cogumelo Records. O texto abaixo de autoria do jornalista e crítico Kiko Ferreira indica bem a qualidade do som feito pelo Kamikaze:
“Cinco anos depois de surgir no então efervescente cenário do rock mineiro o Kamikaze mostra por que foi um dos mais bem sucedidos sobreviventes da chamada geração 80. Sem exibir a timidez entediante de alguns grupos ou a petulância estéril de falsos veteranos, o grupo faz um rock sangüíneo, virulento, onde os decibéis funcionam a favor da música, num equilíbrio surpreendente.
O Kamikaze não guarda no bolso modernismos inconseqüentes ou postura de aluguel. Vive o rock com o frescor dos anos 70, a tecnologia dos anos 80 e a postura honesta que parece direcionar a arte e a própria vida dos 90. A formação básica – baixo, bateria, guitarra, vocal – não permite truques baratos. É tocar direito, sem vacilos e com perfeita integração das partes. E, com o talento dos quatro, isso fica fácil.
A voz potente de Guilherme Bizotto à frente, duelando com a guitarra de Reginaldo Silva ganha sólido apoio do baixo marcante de Gustavo e da bateria experiente de João Guimarães. Seja denunciando o vale-tudo do jogo sujo do poder (Jogo Sujo), a ruidosa guerrilha urbana (Machado de Guerra – Guerra do Pó) ou anunciando prazeres da música (Blues de Ninguém), o Kamikaze mostra que tem estilo e que está no caminho certo.”
Em 1994 o Kamikaze se reunia novamente para gravar 6 faixas, com diversas parcerias incluindo o letrista Chico Amaral (Skank). Daí surgem “Meia Noite”, “A Madrugada Só Mentiu”, “Não Volta Não”, “Proxenetas” e ainda “Nunca Se Viu” e “Não Há Lugar”.
No ano 2000 a Cogumelo Records lançava uma coletânea do Kamikaze, resgatando o trabalho de uma das melhores bandas de rock do Brasil.
Quatro anos depois o Kamikaze volta à ativa para gravar um novo CD. Produzido e gravado por Chico Neves, mixado pelo produtor do Pearl Jam, Tchad Blake e masterizado por Bob Ludwig, o trabalho conta com diversas parcerias, como Chico Amaral (Skank), Affonsinho (ex-Hanói-Hanói), o Poeta Paulo Leminski e o Escritor Délcio Vieira Salomon, dentre outros nomes da cena cultural mineira.
O trabalho independente surge com treze novas canções autorais e uma regravação de “She Drives Me Crazy”. Vem assinado pelos próprios músicos do Kamikaze, que não pouparam esforços no refinamento da qualidade do som.
A crítica do Produtor Musical da Som Livre e da Rede Globo, Rogério Vaz, revela a coerência da proposta:
“Achei fantástico o CD, com belos arranjos... Os timbres estão ótimos também... É muito legal quando a gente vê um trabalho tão bem feito, ainda mais se tratando de rock. O projeto gráfico é foda, conceitual, arrojado, um dos melhores que eu tenho visto por ai. O que é bom tem sempre espaço”.
Além do CD o Grupo gravou um vídeo-clip da canção “Carregador”. O vídeo veiculou por algum tempo na MTV brasileira.
Para intensificar a divulgação do novo CD, em novembro de 2005 o experiente W. Muriel foi convidado para substituir Bizzoto nos vocais do Kamikaze. Com o novo vocalista, ânimos renovados e novas canções o Kamikaze recorre às bases que sempre fundamentaram a sua música.
Passados vinte anos de batalha o Kamikaze se constitui, cada vez mais, pelo requinte de uma banda que cuida do que é realmente essencial – do som. Está, então, pronta para ampliar seu rebanho de fiéis seguidores.
O Kamikaze, como um vinho denso e raro, não parece se preocupar com o tempo.
Um comentário:
nossa!!!
quanto tempo procuro esse disco.
valeu pela postagem,foi muito bom encontrar este site só som de primeira antes eu usava o cogumelo e nunca mais consegui encontralo agora é +fav em paulozzirockblues
B!lly/Itabirito /MG
Postar um comentário