sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Radio Moscow - Radio Moscow (2007)

Esse CD é uma obra digna de oferecer aos meus grandes amigos de Lins, minha cidade natal. O primeiro deles que puxar e ouvir o som dessa banda, vai entender perfeitamente o que quero dizer, sendo assim...meus grandes amigos, só tenho mais uma coisinha a dizer......."ERGAM O VOLUME"
Mauricio..


1. Introduction
2. Frustrating Sound
3. Luckydutch
4. Lickskillet
5. Mistreating Queen
6. Whatever Happened
7. Timebomb
8. Deep Blue Sea
9. Ordovician Fauna
10. Fuse

Parker Griggs – vocal, guitarra, bateria, percussão
Luke McDuff – baixo
Dan Auerbach – slide guitar, produção, engineering

Vou apresentar a vocês uma banda que faz um som que eu já estava procurando a muuito tempo, um som que revive a grande era do Rock N' Roll anos 60, e o mais foda de tudo é que ela é atual. Essa banda destruidora chama Radio Moscow e vem arregaçando desde 2003 quando foi formada pelo mestre Parker Griggs: guitarrista, baterista, vocalista e ainda escreve as músicas. No começo era apenas um projeto solo de Parker Griggs, que ia se chamar “Garbage Composal”, mas esse nome durou pouco tempo. Ficaram com esse nome até Griggs pirar numa música chamada “Go Go Radio Moscow” da banda “Nikita The K”, depois disso ele chamou uns brothers pra uma Jam e desde então a arte não parou. Eles são la de Iowa, USA e começaram a gravar os seus sons apenas quando o baixista Luke McDuff se junto à banda em 2006 (que já saiu logo em 2007 para a entrada de Zach Anderson, que continua até hoje), e lançaram seu primeiro disco homônimo com o próprio Griggs gravando as baterias e para os shows ao vivo passaram três nomes (Keith Rich, Todd Stevens e Paul Marrone) para acharem o até então definitivo Cory Berry. Neste primeiro disco eles receberam a ajuda de ninguém menos do que Dan Aurebach, o talentoso guitarrista do “Black Keys” (outra banda de blues rock destruidora que ainda ganhara o seu post aqui no blog), que além de ser o produtor do álbum e engenheiro de som também deixou sua marca nas músicas “Introduction” e “Timebomb” fazendo uma Slide Guitar derreter.






Com este disco de estréia já da para perceber o potencial da banda em misturar um blues rock moderno com guitarras psicodélicas a la Hendrix. O disco começa com uma “Introduction” já pra ter uma idéia do que esta por vir, abusando do Wah-Wah num ritmo bem eufórico de guitarra e batera acelerando até quase explodirem e param tudo para a entrada do riff de baixo de “Frustrating Sound”. Uma boa música pra mostrar suas influências, com estilo de cantar voltado pro blues, mas sempre com seu toque moderno e único, uma letra de não mais que duas estrofes pois a partir dos 1:30 os dois arregaçam no instrumental pra mostrar que não são uma banda qualquer! Parker Griggs já começa ai a demonstrar suas habilidades de “derreter” a guitarra! E então entra “Lucky Dutch” com um riff de guitarra pra te mostrar o que é um blues rock psicodélico, uma música de grande destaque no disco, mostrando a facilidade deles em entrar e sair do solo quando quiserem alternando os instrumentos, muito foda! Em seguida “Lickskillet”! Uma instrumental nervosíssima, com certeza a melhor do disco e de muitos tempos da história do blues rock! Começa com um violão blueszera e chocalho bem suave até entrar a guitarra que merece seu lugar na calçada da fama, com uma pegada que lembra bastante Keith Richards ela vai tomando conta da música e ficando cada vez mais psicodélica chegando no pico aos 4:00 e assim vai até sofrer overdose. Próxima, “Mistreating Queen” mais um hit do disco, muito boa pra ser boa ser tocada ao vivo, bastante empolgante e com um solo final de tirar o fôlego, aberta aos improvisos. Então “Whatever Happened” música boa feita intera com uma base de blues mas acaba não se destacando tanto, mas nunca pecando nos solos.
Na “Timebomb” o que merece créditos é a sua letra, onde se vê um Parker Griggs revoltado com alguma minazinha bem pentelha, descontando sua fúria no refrão: “Just let me be! No, you don’t control me!”. Em “Deep Blue Sea” Parker Griggs demonstra toda sua habilidade de criar um bom e velho blues, bastante raiz com letras boas e uma musica que ao vivo tem bastante flexibilidade para o improviso, grande destaque!
o disco se fecha com duas faixas instrumentais, primeiro “Ordovician Fauna” onde é investido todo o experimentalismo do disco, mantendo-se numa aura indiana psicodélica, e para finalizar a energética e empolgante “Fuse” com ótimo riff e um solo no meio para lembrar a aura indiana deixada por “Ordovician Fauna”, bom som para terminar uma obra do blues rock psicodélico, representa! E claro não podia deixar de comentar a ótima e psicodélica capa do disco (criada por Anthony Yankovic), que você vai girando e enxergando coisas diferentes, que arte!