domingo, 31 de outubro de 2010

Kamikaze - Kamikaze (1986)

01-Machado de Guerra
02-Guerra Do Pó
03-Jogo Sujo
04-Força Motriz
05-Trilha Do Metal
06-Viva Por Você
07-Hey Amigo
08-Meia Noite
09-Não Há Lugar
10-Não Volta Não
11-Blues e Dor
12-Roleta Russa
13-Nunca Se Viu
14-Blues De Ninguém
15-Agora É Com Você
16-A Madrugada Só Mentiu
17-You Can Blow It With Your Fingers
18-Proxenetas

Guilherme Bizzoto (voz)
Reginaldo Silva (guitarra)
Gustavo Duarte (baixo)
João Guimarães (bateria)

Em 1986 a cena roqueira de Belo Horizonte fervia. Na área de Metal, havia sido lançado o split-album Sepultura/Overdose pelo selo Cogumelo Records. A cidade se agitava em grande festivais de rádios e era fundado o primeiro estúdio verdadeiramente de rock de BH: o JG Estúdio.

Oriundo do projeto Tribo de Solos, o estúdio começou suas atividades com o Sepultura (os dois primeiros LP's foram gravados lá), mas já lançava de forma independente o primeiro EP do grupo Kamikaze, que estourou nas rádios com “Machado de Guerra” e se tornou o hino de toda uma geração de roqueiros do Brasil.

O EP continha outros petardos como “Trilha do Metal”, “Força Motriz”e “Agora é com você”. Após participar de uma coletânea da BMG “Rock Forte”, o Kamikaze gravou seu primeiro álbum intitulado “Kamikaze II”, em 1990 pela Cogumelo Records. O texto abaixo de autoria do jornalista e crítico Kiko Ferreira indica bem a qualidade do som feito pelo Kamikaze:

“Cinco anos depois de surgir no então efervescente cenário do rock mineiro o Kamikaze mostra por que foi um dos mais bem sucedidos sobreviventes da chamada geração 80. Sem exibir a timidez entediante de alguns grupos ou a petulância estéril de falsos veteranos, o grupo faz um rock sangüíneo, virulento, onde os decibéis funcionam a favor da música, num equilíbrio surpreendente.

O Kamikaze não guarda no bolso modernismos inconseqüentes ou postura de aluguel. Vive o rock com o frescor dos anos 70, a tecnologia dos anos 80 e a postura honesta que parece direcionar a arte e a própria vida dos 90. A formação básica – baixo, bateria, guitarra, vocal – não permite truques baratos. É tocar direito, sem vacilos e com perfeita integração das partes. E, com o talento dos quatro, isso fica fácil.

A voz potente de Guilherme Bizotto à frente, duelando com a guitarra de Reginaldo Silva ganha sólido apoio do baixo marcante de Gustavo e da bateria experiente de João Guimarães. Seja denunciando o vale-tudo do jogo sujo do poder (Jogo Sujo), a ruidosa guerrilha urbana (Machado de Guerra – Guerra do Pó) ou anunciando prazeres da música (Blues de Ninguém), o Kamikaze mostra que tem estilo e que está no caminho certo.”

Em 1994 o Kamikaze se reunia novamente para gravar 6 faixas, com diversas parcerias incluindo o letrista Chico Amaral (Skank). Daí surgem “Meia Noite”, “A Madrugada Só Mentiu”, “Não Volta Não”, “Proxenetas” e ainda “Nunca Se Viu” e “Não Há Lugar”.

No ano 2000 a Cogumelo Records lançava uma coletânea do Kamikaze, resgatando o trabalho de uma das melhores bandas de rock do Brasil.

Quatro anos depois o Kamikaze volta à ativa para gravar um novo CD. Produzido e gravado por Chico Neves, mixado pelo produtor do Pearl Jam, Tchad Blake e masterizado por Bob Ludwig, o trabalho conta com diversas parcerias, como Chico Amaral (Skank), Affonsinho (ex-Hanói-Hanói), o Poeta Paulo Leminski e o Escritor Délcio Vieira Salomon, dentre outros nomes da cena cultural mineira.

O trabalho independente surge com treze novas canções autorais e uma regravação de “She Drives Me Crazy”. Vem assinado pelos próprios músicos do Kamikaze, que não pouparam esforços no refinamento da qualidade do som.

A crítica do Produtor Musical da Som Livre e da Rede Globo, Rogério Vaz, revela a coerência da proposta:

“Achei fantástico o CD, com belos arranjos... Os timbres estão ótimos também... É muito legal quando a gente vê um trabalho tão bem feito, ainda mais se tratando de rock. O projeto gráfico é foda, conceitual, arrojado, um dos melhores que eu tenho visto por ai. O que é bom tem sempre espaço”.

Além do CD o Grupo gravou um vídeo-clip da canção “Carregador”. O vídeo veiculou por algum tempo na MTV brasileira.

Para intensificar a divulgação do novo CD, em novembro de 2005 o experiente W. Muriel foi convidado para substituir Bizzoto nos vocais do Kamikaze. Com o novo vocalista, ânimos renovados e novas canções o Kamikaze recorre às bases que sempre fundamentaram a sua música.

Passados vinte anos de batalha o Kamikaze se constitui, cada vez mais, pelo requinte de uma banda que cuida do que é realmente essencial – do som. Está, então, pronta para ampliar seu rebanho de fiéis seguidores.

O Kamikaze, como um vinho denso e raro, não parece se preocupar com o tempo.

Patrulha do Espaço - Patrulha (1982)

1. Columbia
2. Bomba
3. Jeito Agressivo
4. Festa do Rock
5. Mar Metálico
6. Cão Vadio
7. Transcedental
8. Meus 26 Anos

Patrulha do Espaço é uma banda Paulistana de rock.

O conjunto foi criado em 1977 por Arnaldo Baptista (ex-Mutantes), juntamente com o baterista Rolando Castello Júnior (que já havia tocado com o Made in Brazil e com o Aeroblus, da Argentina), o baixista Oswaldo “Cokinho” Gennari e o guitarrista irlandês John Flavin (ex-Secos & Molhados).
Formação

Patrulha do Espaço, subtítulo da música instrumental Honky Tonky do clássico disco solo Lóki de Arnaldo, estreou no 1° Concerto Latino Americano de Rock, no Ginásio Ibirapuera em São Paulo, em setembro de 1977, tornando-se uma das principais expressões do rock paulistano e brasileiro das últimas décadas.

Com a saída de Arnaldo Baptista, em 1978, a banda passou a contar com a participação de Percy Weiss nos vocais e realizou a gravação do primeiro disco independente de rock do Brasil, conhecido como Disco Preto, de onde os hits “Arrepiado” e “Vamos curtir uma juntos” marcaram o sucesso das oito faixas lançadas em vinil.
Anos 80

De 1979 a 1985, a Patrulha do Espaço consolidou-se como o primeiro trio de rock pesado realizando centenas de shows, com destaque para a abertura das apresentações do Van Halen em São Paulo em 1983, quando recebeu elogios pessoais de Eddie Van Halen. São desse período as gravações do terceiro, quarto e quinto discos da Patrulha, contendo canções como “Columbia”, “Festa do Rock” e “Não tenha medo”.

A Patrulha do Espaço contou, ainda nesta fase, com a participação do guitarrista argentino Pappo (Riff e Aeroblus), que resultou na gravação do disco Patrulha 85 editado inclusive na Argentina, com as canções “Olho Animal” e “Robot”.
Anos 90

Patrulha do Espaço - Patrulha do Espaço 4 (1983)

1. Não Tenha Medo
2. Bruxas
3. OVNIs
4. Atenção
5. Nihil Wave
6. Fogo Cruzado
7. Piratas do Espaço
8. Fantasia
9. NAB
10. Dudu’s Bolero

Rolando Castello Junior - Bateria e Vocal
Eduardo Chermont - Guitarra e Vocal
Sérgio Santana - Baixo e Vocal

Os Replicantes - O Futuro é Vortex (1986)

1. "Boy do Subterrâneo"
2. "Surfista Calhorda"
3. "Hippie-Punk-Rajneesh"
4. "One Player"
5. "A Verdadeira Corrida Espacial"
6. "O Futuro é Vórtex"
7. "Choque"
8. "Ele Quer Ser Punk"
9. "Motel da Esquina"
10. "Mulher Enrustida"
11. "Hardcore"
12. "O Banco"
13. "Censor"
14. "Porque Não"

Wander Wildner (vocal)
Cláudio Heinz (guitarra)
Heron Heinz (baixo)
Carlos Gerbase(bateria)
Os Replicantes é uma banda de rock brasileira, formada na cidade de Porto Alegre em 1983. No cenário musical gaúcho, o punk rock se desenvolveu bastante entre a população mais pobre. Várias bandas apareceram, como Graforréia Xilarmônica, Garotos da Rua, Engenheiros do Hawaii, De Falla, entre outros.
Em 16 de maio de 1984, com Wander Wildner (vocal), Cláudio Heinz (guitarra), Heron Heinz (baixo) e Carlos Gerbase(bateria), a banda se apresentou profissionalmente pela primeira vez, no Bar Ocidente, em Porto Alegre.
Até 2006, gravaram dez discos, duas fitas de vídeo, um DVD e fizeram duas turnês pela Europa.
Em 1984, gravam a música Nicotina num estúdio de jingle, de quatro canais, com a ajuda de Carlos Eduardo Miranda. Levaram a música para a recém criada Rádio Ipanema FM, que a incluiu na programação.
Em 1985 eles passam a fazer mais shows, gravam um videoclip de Nicotina, o primeiro da história do rock gaúcho, e resolvem gravar seu primeiro disco: um compacto duplo (vinil) com quatro músicas: Nicotina, Rock Star, O Futuro é Vortex e Surfista Calhorda. O disco é distribuido pelo selo Vortex, dos Replicantes, de forma independente o compacto chega em várias cidades brasileiras, e vende duas mil cópias.

Os Replicantes - Old School Veterans Brasiliasta (2006)

01. Surfista Calhorda
02. Old School Veterans Braziliastas
03. Problemas
04. Ele Quer Ser Punk
05. Desculpa Meu Amor
06. Hippie-Punk-Rajneesh
07. O Traste
08. Festa Punk
09. Longe Pacas
10. Agora é Tarde
11. Nicotina
12. A Verdadeira Corrida Espacial
13. Chegou a Hora de Ver Quem é Quem
14. Lembrar de Ser Feliz Agora